Review do Sonic X Shadow Generations

  Durante o evento da Sony: State of Play, que aconteceu no dia 31 de Janeiro de 2024, um trailer do Sonic Generations começou a passar, mas ele teve uma surpresa quando o Shadow apareceu do nada e mudou o rumo da história, e com isso o Sonic X Shadow Generations foi oficialmente anunciado:

  Algo que só foi surpresa para quem não estava a par dos vazamentos, mas que foi muito bem vindo para qualquer fã do Shadow, e de Sonic em geral.

  O anúncio veio seguido do ano do Shadow, como foi divulgado pela SEGA, e se tratava de uma campanha que duraria o ano todo com eventos no mundo real e com o Shadow em relevância em todos os lugares, tudo isso em preparação para a sua tão antecipada aparição no terceiro filme do Sonic, o qual ganharia o primeiro trailer meses depois.

  Muito tempo se passou e pouco se falou do Sonic X Shadow Generations, pois o foco estava na campanha do ano do Shadow (Fearless – Year of the Shadow).

  Em Maio, foi mostrado um teaser da animação que explicaria os acontecimentos antes do jogo, algo que já é comum nos jogos atuais do Sonic.

  Em Junho, durante a Summer Game Fest, um novo trailer foi revelado e nele continham mais sobre as novas partes do Shadow e com um teaser fortíssimo no fim dele. Ainda não se sabia o que era na época, mas muito se falou a respeito. Além da data de lançamento que seria 25 de Outubro de 2024:

  Como o jogo sairia ainda no mesmo ano, passaram-se meses sem que nada de significante fosse revelado, até que no dia do início da Gamescom, a SEGA simplesmente soltou um trailer que fez o hype ir as alturas. Algo que provavelmente é o melhor trailer já feito para um jogo do Sonic:

  O nível de confiança que o trailer demonstrava chegava a vazar pelo monitor. O estilo, a atitude, as poses, a música, tudo ali gritava que a Sonic Team estava confiante no jogo que tinham. Algo que não se via há anos.

  Estava claro que algo incrível estava por vir, mas ninguém estava realmente preparado.

  Enredo oficial

  Padrão dos jogos atuais do Sonic, a história que precede o jogo em si é contada por mídias externas, e no caso do Sonic X Shadow Generations, isso aconteceu por uma série de 3 curtas animados que foram postados na internet. Elas mostram o motivo do Shadow decidir voltar para a Ark tanto tempo depois:

  Agora cabe ao Shadow descobrir quem ou o que estava de volta na Ark.

  Além disso, a SEGA decidiu ampliar significativamente a relevância dos Chao, tanto que eles foram introduzidos para serem encontrados no Sonic Generations e até ganharam um manga oficia que foi postado online, contando o que eles estavam fazendo enquanto o Sonic e o Shadow corriam pra salvar o dia (lembrando que é um manga, então deve ser lido na orientação japonesa, ou seja, da direita para esquerda, como mostrado na segunda imagem abaixo):

  Novidades

  São dois jogos separados aqui: Sonic Generations e Shadow Generations.

  O Generations original roda à parte, como se estivesse sendo emulado, tanto que o Sonic X Shadow Generations fecha para que o Sonic Generations possa rodar, coisa que não acontece se você escolher jogar o Shadow Generations.

  Do lado do Sonic, muito pouco mudou, o jogo em si continua exatamente o mesmo. Mesmas fases, mesmo jogo incrível que foi lançado a 13 anos atrás, incluindo os problemas, porém tudo com gráficos melhorados, as cutscenes foram todas redubladas, o que foi um ponto de discussão na internet, os Chao foram adicionados para serem encontrados em todos os atos principais e a habilidade Arrancada Vertical (Drop Dash), foi adicionada ao Sonic Moderno e pode ser equipada no Sonic Clássico.

  De fato, a única grande novidade no Sonic Generations são os 3 Chao escondidos em cada ato de todas as zonas principais. Coletá-los não destrava nada de novo no jogo, então encontrar todos serve apenas para destravar uma realização que pouquíssimos jogadores tem. Portanto nesta review focaremos no novo jogo, que é a parte do Shadow e para ver a review da parte do Sonic clique aqui.

  Sem dúvidas a grande novidade aqui é o Shadow Generations que de Generations só tem o nome e o fato de trazer fases antigas de volta, pois o jogo se parece muito mais com o que seria um Shadow Frontiers, tanto que usa a mesma engine.

  O Espaço Branco, equivalente do Hub World do Sonic Generations, é muito mais parecido com o que seria uma das ilhas do Sonic Frontiers, onde você tem um espaço aberto e em 3D para você explorar, encontrar fases, desafios, personagens, entre outros.

  O enfoque em história no Shadow Generations é muito bem feito e algo muito melhor que o Sonic Generations fez. É tudo mais orgânico, menos robótico e muito melhor animado. A interação com os outros personagens está mais elaborada e muito mais profunda.

  Mas, de longe, a maior novidade são os Doom Powers. Conforme você avança no jogo, novos poderes são destravados para o Shadow. Poderes que se assemelham aos Wisps, mas sem ser algo que parece artificial ou forçado e que funcionam de forma muito mais natural e fluída.

  Requerimentos

  Para poder jogar o Sonic X Shadow Generations no seu computador, você precisa de:

  MÍNIMOS:

    • Requer um processador e sistema operacional de 64 bits
    • SO: Windows 10
    • Processador: Intel Core i3-2120 or FX-6300
    • Memória: 8 GB de RAM
    • Placa de vídeo: NVIDIA GeForce GTX 550 Ti, 1GB or AMD Radeon HD 5770, 1GB
    • Armazenamento: 35.3 GB de espaço disponível
    • Outras observações: Low 720p @ 30 FPS. CPU: A processor supporting AVX extensions set is required to launch the application. GPU: A D3D10 compatible graphics adapter is required to launch the application.
  RECOMENDADO:

    • Requer um processador e sistema operacional de 64 bits
    • SO: Windows 10
    • Processador: Intel Core i7-2600 or AMD Ryzen 5 1400
    • Memória: 12 GB de RAM
    • Placa de vídeo: NVIDIA GeForce GTX 780, 3GB or AMD Radeon RX 470, 4GB or Intel Arc A310, 4GB
    • Armazenamento: 35.3 GB de espaço disponível
    • Outras observações: High 1080p @ 60 FPS. CPU: A processor supporting AVX extensions set is required to launch the application. GPU: A D3D10 compatible graphics adapter is required to launch the application.
  Menus

  Shadow Generations possui poucos menus e eles são bem diretos.

  –História do Shadow: assista a uma animação usando imagens estáticas que conta toda a história do Shadow até então.

  –Novo Jogo: começa um novo jogo a partir de um novo espaço de salvamento ou sobrepõe um existente.

  –Continuar: continua a partir de um espaço de salvamento.

  –Modo Online: jogue qualquer ato já destravado e compita pelos melhores tempos online.

  –Opções: customize aspectos como Jogabilidade, Controles, Áudio e Exibição.

  Já dentro do jogo, no menu de pausa durante o Espaço Branco, existem vários outros menus que são muito mais úteis:

  –Lista de Fases: permite que você veja a lista com todas os atos principais disponíveis, excelente para uma navegação rápida ou se teleporta pelo Espaço Branco.

  –Lista de Desafios: o mesmo que acima, mas agora para os Desafios de atos. Chega de ficar correndo as cegas tentando descobrir onde está aquela fase em específico.

  –Sala de Coleção: a única forma de acessar a sala de coleção do Shadow Generations é por aqui.

  –Perguntas Frequentes: todos os tutoriais em forma de texto estão aqui.

  –Recordes: mostra os status do jogador, coisas como tempo jogado, porcentagem de progresso, etc.

  –Opções: acessa o menu de Opções.

  –Salvar: permite salvar o seu progresso.

  –Sair do Jogo: faz voltar para a tela de seleção de jogo.

  Sala de Coleção

  Tudo o que você destrava em relação a músicas, biografias, história de jogos passados, filmes, etc, está disponível para ser visto aqui.

  É uma sala no mesmo estilo que a do Sonic Generations, mas sem uma entrada secreta. Vale muito a pena visitar e é um lugar que ajuda muito as pessoas que não estão familiarizadas com o Shadow a conhecer mais sobre o personagem.

  Sem sombra de dúvidas, a coisa mais impressionante e que todos devem ler, é o diário do professor Gerald. São mais de 20 páginas de entradas e anotações nunca vistas antes sobre tudo o que aconteceu na Ark em todos os anos que o professor passou lá. Existem várias partes censuradas para manter o mistério e até detalhes da criação do Shadow.

  Modo Online

  O modo online do Shadow Generations é bem simples: Time Attack em todos os 12 atos principais do jogo, com ou sem Asas Doom.

  Então corra pelo melhor tempo e compita nas leaderboards contra os seus amigos ou jogadores ao redor do mundo.

  Aqui você também pode comparar a sua classificação com a dos seus amigos ou o mundo todo.

  Personagem e Habilidades

  Apenas o Shadow é jogável aqui no Shadow Generations e existe apenas um Shadow ao contrário dos dois Sonics no Sonic Generations. Omega, Big the Cat, Orbot, Cubot, Gerald Robotnik, Maria e Rouge são personagens que aparecem na frente de cada zona, da mesma forma do Sonic Generations, mas eles não são jogáveis e servem apenas para se conversar e ter interações do lado da história (interações fascinantes, diga-se de passagem).

  A jogabilidade é mais semelhante ao Frontiers que ao Sonic Generations, e uma versão melhorada dele. A física está mais lisa e suave, os controles respondem muito bem e as habilidades do Shadow foram todas implementadas de forma completa, não deixando a impressão de algo feito de qualquer jeito ou corrido. O mais importante é que o Shadow não parece que vira outro personagem com uma jogabilidade completamente diferente sempre que entra numa fase, assim como era com o Sonic no Frontiers.

    O ouriço negro chega com as suas habilidades básicas, como a Lança do Chaos e o Chaos Control, além dos clássicos Ataque Direcionado, Turbo e Deslocamento Rápido, mas tudo vem maravilhosamente completado com o Pulo Duplo.

  Claro que isso não é tudo, pois o jogo adiciona 5 novas habilidades para o Shadow, que são destravadas nos Dispositivos Seladores de Poder espalhados pelo Espaço Branco, basta usar um Mecanismo do Doom que é adquirido depois de completar certos atos ou chefões.

  Shadow the Hedgehog: por fora, Shadow pode parecer só uma versão sinistra do Sonic. No entanto, ele é a “Forma de Vida Suprema”, criada pelo Professor Gerald, avô do Dr. Eggman. O professor era um gênio que concebeu não só o Shadow, mas também o “Chaos Control”, a habilidade do ouriço que permite manipular o espaço-tempo com o poder de uma Esmeralda do Chaos. Shadow vai usar tudo a seu dispor para atingir os seus objetivos.

  Shadow está melhor do que nunca, com habilidades novas e cheio de atitude. Perdido no Espaço Branco e sem entender o que está acontecendo, ao mesmo tempo que corre para descobrir quem está por trás do sinal da Ark, mal sabe ele a viagem que o aguarda ao encontrar personagens do seu presente e passado.

  Pulo e Pulo Duplo: apertando o botão de Pulo enquanto estiver no chão, Shadow pulará girando, como esperado, destruindo tudo em seu caminho. Para fazer o Pulo Duplo, basta apertar o botão de Pulo enquanto estiver no ar.
  Turbo: conhecido como Boost, em inglês, basta segurar o botão de Turbo no chão e o Shadow sairá em alta velocidade. A barra com a carga total do Turbo está na parte de baixo da tela, à esquerda. Usar o Turbo no ar dará apenas um impulso instantâneo, mas forte. Para recarregar a barra do Turbo, basta coletar anéis.
  Ataque Direcionado: sempre que a mira aparecer em algum alvo, seja um inimigo, mola, corrimão, etc, pressione o botão do Ataque Direcionado para que o Shadow dispare em direção ao alvo. Se usado contra um inimigo, o Shadow fará o ataque com estilo, se teleportando até o alvo.
  Agachar/Deslizar/Pisada: tudo em um único botão, depende apenas do momento para ver qual sairá. Se o Shadow estiver parado, ele se agachará, algo que não tem muita utilidade. Se usado enquanto o Shadow se move pelo chão, ele começará a deslizar, podendo passar por baixo de obstáculos ou caminhos estreitos. Mas se o Shadow estiver no ar, ele irá parar de se mover na horizontal e começará a descer em direção ao chão em alta velocidade até acertá-lo, causando dano ao que estiver no caminho.
  Deslocamento Rápido: mais um clássico dos jogos do Sonic. Toque em um dos botões do Deslocamento Rápido e o Shadow se moverá rapidamente para o lado desejado, desviando ou mudando de corrimão. Segurar o botão fará com que ele continue deslizando depois de desviar permitindo maior controle da habilidade. Usar o Deslocamento Rápido no ar fará com que o Shadow vá na direção desejada, mas muito mais devagar, porém, ele começará a descer em ângulo, caindo mais rápido que o normal, sendo isso uma ferramenta incrível para ir para baixo mais rápido sem perder todo o seu momento, como a Pisada faz.
  Lança do Caos: clássica habilidade do Shadow, dispare um raio de energia rápido contra um alvo. A mira trava sozinha, se usado contra objetos serve para ativá-los, mas contra inimigos os atordoará, parando qualquer tipo de ataque que estejam fazendo e os deixando vulneráveis.
  Chaos Control: não traduzida por algum motivo, esta é outro clássico do ouriço negro. Quando a barra circular na parte de baixo da tela estiver cheia, pressione o botão do Chaos Control para ativar a habilidade e parar o tempo. Dura 5 segundos e paralisa tudo, incluindo o contador de tempo de desafios ou fases. Além disso, ele coloca um contorno verde ou vermelho brilhante ao redor de objetos que você pode interagir com, recarrega por completo a sua barra de Turbo e transforma as grandes bolas verde de energia em trilhos de energia no qual você pode pular dentro e viajar rapidamente até o outro lado. Esta habilidade é extremamente útil para criar cortes de caminho em todas as fases. É simplesmente super poderoso assim como o Shadow em si, então aprenda a fazer bom uso do Chaos Control. Para recarregar esta habilidade, basta destruir um total de 6 inimigos ou pegar a caixa de item do Chaos Control.
  Lanças Doom: primeira mutação que o Shadow sofre devido aos poderes do Black Doom. Esta é apenas uma melhoria da Lança do Chaos, tudo o que ela faz é permitir que você segure o botão da Lança do Chaos para travar a mira em até 5 alvos diferentes e soltar para disparar contra eles ao mesmo tempo. Muito mais rápido e eficaz se quiser acertar múltiplos alvos ao mesmo tempo.
  Explosão Doom: soldados do Black Arms começarão a aparecer pelo Espaço Branco e nas futuras zonas e esse é o único jeito de destruí-los, nenhum outro ataque do Shadow surtirá efeito neles. Ele funciona de forma muito similar ao Ataque Direcionado, mas agora você deve segurar o botão do Ataque Direcionado para que o Shadow desfira uma sequência rápida de ataques contra o alvo e o chute para cima com tudo, então ele se teleporta para o alvo e o jogo entra num modo lento, então você deve mirar pra onde quer chutar o inimigo e apertar o botão novamente, por fim pressione o botão mais uma vez para se teleportar até o alvo que foi chutado para longe e finalizá-lo. Esta habilidade é necessária para viajar longas distâncias, encontrar caminhos ocultos, quebrar paredes ou ativar alavancas que estão longe.
  Surfe Doom: chega de morrer só porque você tocou na água, afinal estamos falando do Shadow e não do Sonic. A partir de agora, sempre que tocar na água, o Shadow evocará uma arraia e começará a se mover por cima da água sem nenhuma interrupção. Você sempre se move para frente e não há como parar ou mudar a velocidade, sendo possível apenas virar para os lados, pular ou usar o Deslocamento Rápido. Esta habilidade requer um pouco de prática para pegar o jeito.
  Mutação Doom: hora de conquistar o terreno roxo gosmento. De longe a habilidade que requer mais prática, pois você precisa não apenas aprender a controlar o Venom Shadow transformado, mas também como balançar agarrado nas Bolas Mutantes. Para começar, você precisa se transformar, e a única forma é usar o Ataque Direcionado em uma das Bolas Mutantes azuis. A partir daí, enquanto o Shadow estiver no ar ou no terreno roxo, ele continuará transformado, mas ao tocar no chão a transformação acaba. Enquanto transformado, use o Ataque Direcionado nas Bolas Mutantes que agora são roxas, e segure o botão para se balançar por ela como se fosse um cipó. Solte o botão para que o Shadow largue ou seja puxado em direção a bola. Se você soltar o botão antes de balançar, você será puxado até a bola, se soltar o botão quando estiver exatamente abaixo da bola, o Shadow será jogado para cima da bola em linha reta, mas se soltar o botão depois de balançar, ele saltará para longe da bola.
  Asas Doom: última mutação do Shadow, hora de quebrar o jogo. É a habilidade mais poderosa das Doom e é o equivalente do Shadow ao Super Sonic. Ela é tão poderosa que agora todos os atos tem a opção de jogar com ou sem as asas, sem contar que o Gerald diz ao Shadow que se ele retirasse os anéis de contenção agora, ele provavelmente explodiria. Para começar, você precisa ativar as asas e para isso basta ter no mínimo 50 anéis e então pressionar os dois botões do Deslocamento Rápido. A partir de então, o Shadow será invulnerável, perderá 1 anel por segundo, terá um Pulo e Pulo Duplos melhorados e poderá usar o Turbo no ar até esgotar a barra para planar bem rápido, enquanto perde altura de forma bem vagarosa, mas recupera todo o Turbo ao tocar no chão. Isso permite que você acesse locais novos no Espaço Branco e siga por caminhos únicos durante as fases.
  Espaço Branco, desafios e Zonas

  Assim como o Sonic Generations possui um Hub World, o Shadow Generations também tem, mas é muito mais elaborado.

  Para começar, ele é totalmente em 3D, permitindo que você se mova livremente. Claro que de início, apenas uma pequena parte está disponível, assim como no Sonic Generations, mas a cada zona que você completa, um novo poder do Doom será desbloqueado, assim como uma nova parte do Espaço Branco.

  A melhor comparação que se pode fazer é com o Sonic Frontiers. O Espaço Branco é basicamente uma mini ilha onde você encontra tudo do jogo aqui. Há muito para se encontrar aqui, escondido por todos os lados, inclusive nos céus. Procure por peças de máquinas, caixas, Dispositivos Seladores de Poder, personagens, zonas, desafios, Portais de Desafio e balões que carregam páginas do diário do Gerald. Tudo muito bem espalhado e muito bem escondido.

  Assim como no Generations original, tudo começa branco e sem vida, e conforme você vai completando os atos e os desafios de ato, a cor vai voltando ao mundo e os personagens vão aparecendo ao lado da entrada de cada zona, mas ao contrário do Sonic Generations, eles não dão dica sobre a fase (você que se vire pra achar as chaves das caixas), mas sim falam coisas importantes sobre a história.

  Alguns desafios estão espalhados pelo Espaço Branco, são ao todo 10 e eles ficam no chão, mas começam a flutuar quando você está longe deles, como uma forma de você poder localizar com facilidade um desafio que ainda não concluiu. Existem apenas dois tipos de desafios, pegar anéis e caça ao relógio, e completá-los destrava coletáveis e muda a cor do desafio de roxo para dourado ou arco-íris se o seu tempo for acima de 10 segundos.

  Pegar anéis é bem simples e direto, ao ativar o desafio todos os anéis do Espaço Branco somem e uma trilha de anéis, plataformas e obstáculos aparece, agora você tem um tempo determinado para coletar a quantidade de anéis exigida, enquanto você cruza pelo Espaço Branco.

  Já o desafio de caça ao relógio, um relógio sairá voando do local do desafio até algum lugar no Espaço Branco, agora você tem apenas alguns segundos para correr e chegar até o relógio e então você ganha um tempo extra enquanto o relógio foge para uma nova localização, corra atrás dele novamente por quantas vezes forem necessárias. O último desafio fará você ter que pegar o relógio cerca de 10 vezes em um lugar cada vez mais alto e difícil.

  A Black Moon, que é aquela bola gigante no céu cheia de olhos, fica passeando pelo Espaço Branco e vai se modificando conforme você avança no jogo, até se transformar por completo e virar a entrada para a última zona.

  São ao todo 6 zonas com 2 atos cada, sendo o primeiro totalmente em 3D e o segundo totalmente em 2D, mas mesmo o ato 2 tendo um foco maior em plataforming que o ato 1, ele foi feito de forma muito melhor, pois agora ele valoriza a velocidade muito mais do que o Sonic Generations.

  Depois da metade do ato 1 das primeiras zonas, você será sugado pelo Olho do Doom para uma dimensão diferente, uma versão caótica da Radical Highway repleta de partes estroboscópicas que se movem de forma digna do primeiro filme do Dr. Strange.

  Zona Doom

  Após destravar as Asas Doom, todo o Espaço Branco mudará e ficará vermelho, ao mesmo tempo em que um novo caminho aparece no ar, servindo de acesso para a Black Moon. Isso é a Zona Doom.

  Mas essas não são as únicas mudanças. Agora todos os chefes estão disponíveis na versão Difícil, o número de Portais de Desafio aumenta em 1 para cada ato (totalizando 3 Desafios de Ato por ato), você não pode mais usar o Chao Control no Espaço Branco e todos os desafios do Espaço Branco agora são mais difíceis, então boa sorte para pegar rank arco-íris neles.

  Após derrotar o chefão final, o Espaço Branco voltará ao normal, mas uma mini Black Moon aparecerá no centro do Espaço Branco dando a opção de ligar e desligar a Zona Doom.

  Space Colony Ark: hora de descobrir o que atraiu o Shadow de volta aqui. Direto do Sonic Adventure 2 e baseada na Final Rush/Chase, tudo começa com uma belíssima sequência do Shadow descendo no corrimão, com a Ark no fundo. Por ser a primeira fase do jogo, espera-se que ela seja a mais simples, mas não é, o level design tem uma boa quantidade de caminhos alternativos em ambos os atos e eles começam logo nos primeiro segundos.

  Com mudanças de gravidade e até o retorno dos pilares gravitacionais verdes, que funcionam muito bem, vários corrimãos por todos os lados e mísseis sendo disparados a todo o tempo, até as formas Artificiais Chaos estão de volta, é uma zona de abertura fantástica.

  Rail Canyon: fase icônica do Sonic Heroes, hora de deslizar por ainda mais corrimãos.

  Esteja pronto para mudar de corrimão o tempo todo para desviar de inimigos e armadilhas. Use os botões para mudar os corrimãos de direção, enquanto usa a Lança do Caos para atordoar os inimigos e abrir caminho. O Chaos Control fará muito nesta zona.

  Tome cuidado com os grandes trens, eles tentam lhe atropelar ou até mesmo quebram os corrimãos, senta o Chaos Control neles sem dó.

  Kingdom Valley: uma das fases mais icônicas do Sonic 06 faz a sua aparição no Sonic X Shadow Generations, e é uma recriação belíssima. Uma zona completamente aberta e com muito espaço para cortes de caminho.

  Salte pelo ar, pegue carona com os pássaros gigantes, surfe nas águas calmas, deslize pelos corrimãos de ar, pule pelos cipós para ganhar mais altura e corra entre as paredes de água. Tudo isso com uma linda paisagem das ruínas.

  E não nos esqueçamos do belo remix que esta zona ganhou.

  Sunset Heights: a primeira escolha curiosa. Uma das poucas zonas do Sonic Forces em que o Shadow esteve. Jogo o qual é conhecido por ser excelente para se comer sanduíches enquanto se joga.

  E para a surpresa de todos, é uma das zonas mais divertidas, pois parece que puderam finalizar aquilo que não conseguiram em 2017. É simplesmente incrível ver uma versão muito mais realizada da Sunset Heights.

  Agora as seções de Turbo não são mais simples ou longas, vários obstáculos estão pelo caminho, de bolas de espinhos a inimigos que o forçam a atacar. Use os gêiseres de água para ganhar mais altura, enquanto usa os ataques dos inimigos para alcançar partes altas da fase.

  O mais incrível é que os Death Egg Robots agora fazem algo! Eles atacam você e você precisa desviar das pedras que eles jogam ou até mesmo do ataque direto dos braços deles que podem ser usados como plataformas para caminhos alternativos.

  Aqui é a última vez que o Olho do Doom ataca e é de longe a mais visualmente atordoante seção da Radical Highway caótica.

  É depois desta zona que a história começa a ficar pesada. Pois agora você libera o Gerald e a Maria para conversar e, bem, dá pra imaginar como as coisas vão, com o Shadow se remoendo descobrindo que eles vem de antes da tragédia na Ark e querendo fazer o que pode para mudar o destino deles, ao mesmo tempo que o Gerald implora ao Shadow que não conte nada a eles para não causar estrago na linha do tempo.

  Chaos Island: a zona mais controversa do jogo, pois o Shadow nunca esteve na Starfall Island do Sonic Frontiers, porém como o professor Gerald explica ao Shadow, é provável que devido ao que o Time Eater e o Black Doom estão fazendo, ele esteja tendo uma visão do futuro dele, insinuando que em algum dia pode ser que o Shadow vá para lá (de novo).

  Sem contar que a Chaos Island não é bem uma fase, é um mundo aberto do Sonic Frontiers, então basicamente tiveram que criar algo do nada, e que ficou muito bom, usaram bem os elementos do Sonic Frontiers que estão por toda a parte. Você realmente se sente lá.

  Com um tema focado na lava, prepare-se para saltar por grandes precipícios e poços de lava, enquanto se balança pelas Bolas Mutantes. Com uma boa mistura de partes abertas e partes subterrâneas, fizeram um bom trabalho em transformar a Chaos Island em uma fase desafiadora e divertida, fazendo bom uso das suas mecânicas.

  Radical Highway: bem vindo a única zona com 2 atos em 3D e escolheram o que é provavelmente a zona mais icônica do personagem Shadow, ela está de volta do Sonic Adventure 2 e com um início idêntico, é hora de escorregar por ainda mais corrimãos e pontes suspensas no meio do nada.

  Com várias mudanças de gravidade, inimigos gigantes que criam enormes tornados, ambos os atos serão bem longos, especialmente nas primeiras vezes em que jogar.

  A zona mais técnica do jogo e também a com a maior quantidade de caminhos alternativos muito bem escondidos, sem contar que o Chaos Control está indisponível nesta zona, então conseguir um rank S, especialmente no ato 2, será uma verdadeira batalha, mas ainda sim divertido.

  Tóquio: zona de ato único e que é exclusiva da DLC do Sonic 3 o Filme. Ela é totalmente baseada no filme, então tudo aqui tem os gráficos mais realistas, incluindo a skin do Shadow que é idêntico ao do filme. Infelizmente não é possível usar essa skin fora dessa zona.

  Bem inspirada pela Westopolis do Shadow the Hedgehog (2005), é uma fase bem cinemática, onde o Shadow fala bastante para que fosse feito bom uso da voz do Keanu Reeves, que dubla o personagem na versão americana do filme. A fase é relativamente simples em seu caminho, mas cheia de cortes de caminho e passagens mais rápidas.

  Escape dos ataques dos helicópteros em grande estilo enquanto busca por posters para destravar mais cosméticos na Sala de Coleção.

  Chefões

  Já que o Shadow Generations segue a mesma fórmula do Sonic Generations, a cada 2 zonas você terá que enfrentar um chefão para poder prosseguir e para isso, você terá que completar Desafios de Portais que aparecerão próximos das zonas.

  São dois desafios para cada ato, e após completar ambos do mesmo ato, a chave será liberada. Você precisa de 3 chaves para abrir um portal de Chefão.

  Cada chefão é uma recriação de um chefão já enfrentado na série Sonic, o único realmente novo é o chefão final. São todos incríveis e muito bem feitos e adaptados/melhorados com relação as suas versões originais.

  Biolizard: o protótipo da forma de vida suprema está de volta e o começo da batalha é idêntico a sua versão original, com ele tentando lhe morder ou acertá-lo com o rabo e depois disparar bolas de energia, mas após bater um pouco nele, ele revelará sua nova fase.

  Uma nova mutação aparece e a salamandra gigante cresce 2 braços e começa a usá-los para dar socos no chão, que liberam ondas de choque. Estoure os braços para conseguir atacar o suporte de vida e por fim devolva a bola de energia direto pro chefão e finalize o protótipo falho.

  Metal Overlord: mais um que se auto intitula a forma de vida suprema, O Suserano de Metal vem pra cima do Shadow sem dó e sem nenhum tipo de Super Shadow.

  Uma luta que acontece inteiramente na água, fazendo bom uso do Surfe Doom, use o Deslocamento Rápido para jogar os entulhos boiando ou mísseis direto no chefão, mas tome cuidado com as bolas de espinho e lasers. Pule para desviar das rasteiras de rabo e fique atento para usar o Chaos Control no momento certo.

  Faça bom uso das rampas para subir nos corrimãos e atingir o chefão, da mesma forma que era com o Egg Dragoon no Sonic Generations, é possível pular fases inteiras da luta.

  Mephiles: quem criou essa luta sabia muito bem o que estava fazendo e merece um aumento. Este chefão é simplesmente incrível e faz justiça ao Mephiles de tal forma que faz você se sentir mal por ele.

  As falas, a música, os ataques, o cenário, a ambientação, tudo é simplesmente perfeito. Completamente baseado na sua versão do Sonic 06, Mefilos está disposto a derrotar o Shadow e se restaurar a linha do tempo atual, enquanto que o ouriço negro luta contra um oponente que ele nem sabe quem é.

  Comece desviando do ataque de sabre enquanto anda vagarosamente sobre o terreno roxo, até que uma Bola Mutante apareça, então transforme-se e atropele o chefão. Ataque-o algumas vezes e use a Explosão Doom para chutá-lo em uma das esferas.

  Então, destrua os clones usando a Lança do Chaos e sobreviva até outra Bola Mutante aparecer. Pule as ondas de choque dos pilares, use a Bola Mutante novamente, escale o pilar roxo, suba até onde o Mephiles e seus clones estão e destrua todos.

  Por fim, desvie do laser do Mephiles gigante, procure pela Bola Mutante e ataque a base do monstro até quebrar.

  Devil Doom: hora do Black Doom ter a sua revanche, mas desta vez ele aprendeu com a sua última derrota. Prepare-se para um dos melhores chefes finais dos jogos do Sonic.

  A batalha começa na água, com o Surfe Doom, de forma semelhante ao Metal Overlord. Use o Deslocamento Rápido para jogar as bolas de laser no Devil Doom e use as rampas para atingí-lo.

  Após a barra de vida chegar a metade, a segunda fase começa.

  Hora de pular de plataforma em plataforma enquanto usa a Mutação Doom para alcançar o Devil Doom e atingí-lo. Coloque tudo o que aprendeu sobre a habilidade a prova.

  Neo Devil Doom: achou que a batalha tinha acabado só porque a barra de vida do chefão chegou ao fim? Agora começa o chefão final.

  Voe com as Asas Doom enquanto desvia dos ataques do Neo Devil Doom. Desvie das paredes e então use o Deslocamento Rápido para devolver os ataques de energia enquanto se aproxima para atacar.

  Persiga o vilão, mas cuidado com as suas cabeçadas, e repita todo o processo até dar fim no vilão.

  Atos de Desafio

  Esses são os equivalentes das missões do Sonic Generations. Assim que você completar as 2 zonas disponíveis, portais aparecerão em plataformas flutuantes.

  São 2 desafios por ato e após completar 2 do mesmo ato, a chave será destravada e você poderá pegá-la.

  Ao contrário de algumas missões do Sonic Generations, aqui elas são todas muito divertidas e foram feitos de forma que valorizam a velocidade e as habilidades do Shadow, e você não tem que ficar lidando com mecânicas inventadas que quebram o ritmo do jogo.

  As missões seguem estilos semelhantes ao do Sonic Generations, como passar a fase com 1 anel, sem anel, terminar dentro de um tempo super curto fazendo uso do Chaos Control, coletar X anéis antes do fim da fase, destruir X inimigos antes do fim da fase, entre outros.

  Vale lembrar que existem chaves de caixa aqui e que a Zona Doom cria um terceiro portal para um novo desafio em cada ato que são mais difíceis e não são necessários para continuar a história.

  Depois de vencer um desses desafios, toque o sino no portal e corra para pegar a nota musical e destravar mais itens de coleção.

 Como já dito, ativar a Zona Doom, fará com que um terceiro portal apareça. Esse portal é um desafio de dificuldade alta, porém é totalmente opcional. Completá-los não destravará uma nota musical e você não encontrará chaves de baús neles.

  Coletáveis

  Algo esperado para os jogos do Sonic, o Shadow Generations trás a sua cota de coletáveis e coisas para se destravar.

  Para começar, em todos os 2 ato de cada zona e em todos os Desafios de Atos (com exceção dos Difíceis), existem 3 chaves para serem coletadas. Elas vem em 3 cores: amarelo para destravar músicas, azuis para destravar artes e verdes para destravar coisas relacionadas a histórias ou biografia de personagens.

  Agora, explore cada canto do Espaço Branco em busca de caixas para usar as suas chaves e destravar a sua coleção. São ao todo 96 chaves que abrirão as 96 caixas de coleção escondidas.

  Peças de Máquina estão espalhadas por todo o Espaço Branco, são 80 ao todo e elas servem para ajudar o Orbot e o Cubot a construir o foguete para fugir do Espaço Branco. A cada 20 peças que você entregar a eles, completa mais o foguete e destrava mais coisas para a Sala de Coleção.

  Vasculhe os céus no Espaço Branco em busca de balões sendo carregados, destrua-os usando a Lança do Chaos para coletar páginas do diário do Gerald.

  Com a chegada da DLC do Sonic 3 o Filme, a fase nova possuí um total de 6 posters espalhados por ela. Colete-os para destravá-los na Sala de Coleção.

Conteúdo Extra

  Outra norma dos jogos atuais do Sonic, conteúdo extra está disponível para o Sonic X Shadow Generations.

  Para começar, skins para todos os 3 personagens. O Sonic Clássico tem uma skin do Sonic Jam, que foi dada de graça para quem se inscreveu para newsletter no site oficial do Sonic dentro do tempo estipulado, mas que também estava disponível para ser comprada e a partir do dia 17 de Janeiro de 2025 passou a ser gratuita para baixar.

  Agora, a versão Digital Deluxe, que custa cerca de 100 reais a mais, ela veio com a skin do Terios para o Shadow (Terios é uma das versões betas do Shadow), assim como a fase extra que seria lançada no final do ano com o tema do filme do Sonic 3. Além disso, ela veio com a infama prática de destravar o jogo 3 dias antes, coisa que não costuma ser bem vista.

  Por fim, para quem comprou o jogo antes do lançamento, uma skin do Sonic Adventure foi dada para o Sonic Moderno.

  A primeira DLC foi a do Sonic o Filme 3, que foi lançada no dia 13 de Dezembro de 2024. Ela veio com uma nova zona de ato único e tudo é baseado no filme, então os gráficos são mais realistas e o modelo do Shadow é o mesmo do filme, incluindo a dublagem do Keanu Reeves como o personagem. Além de incluir 6 posters para serem coletados e destravados na Sala de Coleção e 2 desafios de atos bem desafiadores.

Análise Geral

  Sonic X Shadow Generations é um sucesso. Simples assim. Muito bem recebido tanto pela crítica quanto pelos fãs, e o fato de ser um jogo onde o Shadow é a estrela principal, torna tudo mais caótico.

  O último jogo estrelando o ouriço negro foi lançado a quase 20 anos atrás e a sua recepção foi muito mais polarizada por conta de vários fatores, mas não há dúvidas que acertaram desta vez.

  Shadow Generations é muito mais próximo do Sonic Frontiers do que do Sonic Generations. É uma evolução do que tentaram fazer no Frontiers. É o Espaço Branco servindo como uma ilha e as zonas sendo praticamente o equivalente aos Ciberespaços.

  É mais do que evidente que a Sonic Team aprendeu com os erros do passado, pois o Espaço Branco é muito mais condensado, por ser muito menor que as ilhas do Frontiers, portanto parecem mais vivas e interessantes já que, ao contrário do que o nome sugere, não tem espaço vazio por lá. Todo o espaço é bem utilizado. Seja com partes criadas para os desafios, locais para esconder as caixas de coleção ou partes para acessar as fases ou chefões.

  Todos os atos são bem elaborados e fazem bom uso das habilidades novas do Shadow, até mesmo os atos 2, que são em 2D, ficaram interessantes e divertidos, mais do que os do Generations original. Nem de longe dá pra chamar de filler. Claro que ter um segundo ato em 3D seria melhor, mas ainda assim ficaram bons. A quantidade de caminhos alternativos é tão grande que é impossível ver todos logo de cara, e alguns deles estão escondidos bem na cara.

  Já sobre os Poderes Doom, ficaram muito bons, a Mutação Doom tem os seus problemas de controle, mas ainda sim é boa. Eles parecem mais orgânicos que os Wisps jamais foram e, com exceção das Asas Doom, elas ativam na hora, sem precisar parar o jogo ou até mesmo perder o ritmo, você aperta o botão ou toca na água e pronto, o poder acontece. Menção especial ao Chaos Control que ficou muito bem implantado. Não somente porque você pode congelar coisas no tempo e usá-las como plataformas ou alvos para o Ataque Direcionado, mas também pelo fato de se você atingir um inimigo ele não sairá voando até que o efeito passe, e disparar Lanças do Chaos fazem com que elas parem a 1 centímetro do alvo, atingindo-o apenas quando o efeito acabar. Pequenos detalhes que não precisavam ser feitos, mas que foram colocados mesmo assim e agregam muito a sensação do jogo. Infelizmente parece que o Shadow perde todos os Poderes Doom no final.

  Os chefões são simplesmente incríveis. Até o mais simples deles, o Biolizard, é muito bem feito e divertido, e a luta contra o Mephiles é simplesmente fantástica. Mas a melhor parte é que a Sonic Team aprendeu a fazer ataques telegrafados! Agora é possível ver e ler o ataque do chefão vindo e com tempo para se reagir apropriadamente. O chefão final que o diga!

  Em termos gráficos é um aprimoramento em comparação com o Generations original, mas as animações estão melhores do que nunca. As expressões faciais do Shadow estão lindas, algo que não se via na série Sonic desde o Sonic Unleashed. Os personagens não parecem mais robôs falando um com os outros. O contraste fica fortíssimo quando comparado com o Sonic Generations (especialmente nas partes onde você salva os personagens). As CGs estão com um nível muito alto também, coisas como iluminação, movimento, física de objetos como cabelo e roupas, entre outros.

  Shadow Generations possui uma história, que não é ruim e nem tosca. Ela é boa. Ela parece orgânica. As interações do Shadow com a Maria e o Gerald são surpreendentes. Coisas do passado que não puderam ser detalhadas ou expandidas na época foram feitas agora. Detalhes como porque a Maria escolheu o nome Shadow, o fato de que foi ela quem desenhou os sapatos do Shadow, o Gerald se sentindo mal por ter colocado o Shadow num caminho de dor e sofrimento, entre outros. E tudo isso não para só com o trio, até mesmo interagir com os demais personagens é gratificante, mesmo sendo conversas menores elas contam histórias. O Omega falando do núcleo de energia dele, o Big contando que foi pro Castelo de Soleanna e a Rouge se prontificando a dar suporte e apoio moral pro Shadow sempre que ele precisasse, são apenas alguns exemplos.

  Simplesmente vale a pena voltar e falar com cada personagem ao completar uma zona, que é quando novas conversas são destravadas, ao contrário do Sonic Generations, onde os personagens só dão informações sobre a fase (o que até ajuda a achar os Anéis Estrela Vermelhos). Na sequência final do jogo, após derrotar o chefão final, é muito difícil não se emocionar com o Shadow tendo que ver a Maria ir embora de novo.

  As animações não estão boas apenas em cutscenes e CGs, mas no jogo também. As animações dos movimentos do Shadow estão ótimas. Desde coisas simples como ele rolando de lado após cair, ou ele deslizando para os lados no Espaço Branco, os espinhos dele se movendo ao vento, a água batendo no corpo dele, ou ainda o ouriço negro saindo com estilo de algumas situações durante as fases. Tudo coisas que não precisavam ser feitas, mas ainda sim fizeram, mostrando que rolou um investimento maior e deram tempo pra fazerem o jogo.

  Do lado dos remixes, eles ficam um pouco a conta do gosto pessoal, alguns ficaram simplesmente a melhor versão daquela música, como a Supporting Me, mas o uso meio exagerado de Dubstep em algumas das músicas provavelmente vai incomodar quem não gosta.

  O forma como conectam os dois Generations, já que eles estão acontecendo lado a lado, é fantástico, Rouge servindo como emissária viajando entre os dois jogos é uma sacada interessante, mas a parte onde as histórias se cruzam e acontece a corrida entre o Sonic e o Shadow foi um momento espetacular. Não dá pra dizer o suficiente o quanto deram atenção aos detalhes neste jogo. O fato de terem transformado a corrida do Sonic contra o Shadow em uma CG completa foi algo que pegou todo mundo de surpresa.

  Simplesmente tudo neste jogo é um aprimoramento com relação ao Sonic Frontiers. Level design melhorado, mais intuitivo e rico em caminhos alternativos, cutscenes com grande qualidade, animações como nunca vistas antes na série, desafios divertidos e que valorizam a velocidade, o Espaço Branco, história, realmente tudo. O maior problema do Shadow Generations é que ele é meio curtinho, mas pelo menos é mais divertido que o Sonic Generations.

  Um grande problema do Shadow Generations é o mapa do Espaço Branco. Ele é fixo e não dá pra fazer nada com ele, você não pode movê-lo, podendo apenas dar zoom e é difícil enxergar as coisas ali, especialmente as caixas de coletáveis. Simplesmente não se pode interagir com o mapa de nenhuma forma.

  No lado do Sonic Generations, como já dito, as únicas mudanças significativas foram as adições dos Chao escondidos nos atos principais, a adição da Arrancada Vertical, as redublagens das cutscenes e também a estreia de novos dubladores para alguns personagens. Se há alguma crítica a se fazer sobre o lado do Generations é exatamente isso, não tentaram resolver os problemas do original e o jogo continua com o pior chefe final da história dos jogos do ouriço.

  Com relação aos Chao, é interessante e até divertido caçá-los nas fases. A maioria está bem escondida, mas tem alguns que são de doer (como aquele que foge de você na Sky Sanctuary ato 1), enquanto que outros são até engraçados (como aqueles que se disfarçam na frente dos posters de “missing” do Mighty e do Ray na City Escape).

  O Sonic Generations foi um remaster que deu certo. Ele foi feito da maneira correta e não de forma desastrosa como foi o Sonic Colors Ultimate. As cutscenes foram de fato refeitas e não fazendo upscaling usando IA.

  De longe a maior mudança no Sonic Generations foi a redublagem de todas as cutscenes do jogo. Algo que causou estranheza e fez muitos se perguntarem por que fazer algo assim (sem contar o povo clamando lacração porque a Amy não tenta agarrar o Sonic a cada 5 segundos enquanto o mesmo afasta ela com a mão na cara e a roupa da Rouge está um pouco mais alta nas costas, enquanto que as costas da Amy continuam totalmente a mostra, porém quem se importa? Ou ainda a Amy empurrando o Knuckles com tudo na árvore.). Mas pra quem faz parte da fanbase a tempo o suficiente e está por dentro do que acontece, entende que isso foi feito por uma razão bem específica: continuidade.

  Cada jogo novo do Sonic parece ignorar por completo o que aconteceu no passado, sendo que no máximo faziam uma referência aqui ou outra ali e nada muito profundo acontecia. É só ver o que aconteceu com o Tails no Sonic Forces. Então, desde o Frontiers a Sonic Team vem se importando e muito com a continuidade, tanto que já contrataram 2 especialistas de lore para a série Sonic exatamente para servirem de consulta quando forem fazer um novo jogo.

  E o que isso tem a ver com as mudanças na Amy (e também no Knuckles)? Simples, a Amy e o Knuckles que temos hoje, em questão de personagem e personalidade são completamente diferentes do que eles eram 13 anos atrás. A realidade desses personagens é outra atualmente. Amy não tem mais como único traço de personalidade ser tarada pelo Sonic (o que tornava impossível ter os 2 em uma cena por mais de 5 segundos), e o Knuckles não é mais um descerebrado que é o centro das piadas. E suas versões atuais não são mais assim, basta ver como eles são tratados no Sonic Frontiers. Não existe prova maior da mudança do Knuckles do que a animação Divergence, que foi lançada antes do Frontiers.

  É perfeitamente possível argumentar que nada deveria ter mudado, que isso reescreve a história, altera arte e tudo mais, mas o ponto é que a Sonic Team, muito provavelmente, tinha a continuidade em mente quando resolveu fazer essas mudanças significativas com relação a Amy e o Knuckles e não que agora a SEGA é um poço de DEI e wokeness.

  Enfim, um jogo que não tem o Sonic como personagem principal, sendo lançado em pleno 2024 e sendo bem recebido pela crítica e fãs. Se isso não for um indicativo de que estamos vivendo uma verdadeira renascença da série Sonic eu não sei mais o que dizer. O futuro da série Sonic nunca foi tão promissor.

Curiosidades

  -Algo que foi descoberto logo nos primeiros dias de jogo, você pode usar a Lança do Chaos para negar a perda de velocidade do Shadow no ar, permitindo que você vá muito mais longe e crie cortes de caminho insanos. Os speedrunners nunca foram tão felizes.

  -No dia 23 de Janeiro de 2025, de acordo com o relatório fiscal da SEGA, o Sonic X Shadow Generations ultrapassou a marca de 2 milhões de cópias vendidas.

  -Finalmente temos uma versão em HD da Maria e do Gerald:

  Ficha Técnica 
Capa do jogo Dados
    Nome: Sonic X Shadow Generations
  Plataformas: Playstation 5, Xbox Series, Nintendo Switch, Epic e Steam
  Gênero: Plataforma/Ação
  Distribuidora: SEGA
  Desenvolvedores: Sonic Team
  Idioma: Multi-Idiomas
  Data de Lançamento: 25/10/2024 ou 22/10/2024 com a versão Deluxe
Avaliação Prós/Contras
Gráficos: 10
Som: 9
Jogabilidade: 10
Diversão: 10
Nota Final: 10
  Prós: um aprimoramento claro dos jogos recentes do Sonic, alto nível de diversão, boa história, excelente animações, personagens interessantes, boa dificuldade, momentos memoráveis e recriações de fases e batalhas contras chefões de alto nível.

  Contras: o jogo é curto.

Diga não ao plágio, cite a autoria!
Por: Skar
Postado em: 15/12/2024
Atualizado em: 23/01/2025