Jogos poucos conhecidos do Sonic: Wacky Worlds
Hoje em dia é cada vez mais raro que a nova geração de fãs da série Sonic já tenha ouvido falar do game Wacky Worlds, que completa agora em novembro 28 anos de lançamento. Este foi um game lançado em novembro de 1994 para Mega Drive e que tentava trazer aos usuários do console da Sega a sensação de uso de um PC: para isso, a versão completa do jogo era acompanhado de um mouse! Isso mesmo: na caixa do jogo vinha um mouse, que você encaixava na entrada de joystick do Mega Drive, de modo que o jogo poderia ser perfeitamente jogado apenas com o uso do mouse. Vale lembrar que foram lançadas duas versões: uma mais simples, na caixa tradicional de plástico, sem o mouse, e a versão de papelão com o mouse, que vinha numa caixinha gordinha, com o mouse dentro. Mas e a versão sem mouse, como faz? Sem problemas, os direcionais do joystick tradicional também dão certo, embora seja um pouquinho mais chatinho de manejar.
Já chegou o disco voador
A bem da verdade, o jogo não é exatamente um jogo do Sonic, mas sim um jogo licenciado da Sega com personagens exclusivos do sistema (desenvolvido pela Headgames). O nome completo do título é Wacky Worlds Creativity Studio. Como o próprio nome diz, é um estúdio de criatividade. Trata-se de um jogo infantil relativamente simples: estrelando o Sonic como protagonista dirigindo uma espécie de disco voador, você interage em alguns mundos “malucos” (daí “Wacky”), onde nada faz sentido (você pode inserir uma praia no espaço, inserir elementos do espaço dentro de uma casa e assim vai). É como se você fosse o Sonic dentro desses mundos, podendo interagir, inserir o que quiser e etc. Poderíamos brincar dizendo que esses mundos são “multiversos” onde nada faz sentido e você pode fazer o que quiser.
Embora evidentemente não seja isso a explicação do game, a analogia é super válida: em cada um desses mundos você pode ir construindo cenários e ir montando composições musicais. E o mais legal de tudo é que você pode ir pintando e dando sua cara em tudo. A mecânica do jogo é relativamente simples: você abre um menu onde há peças, que você vai encaixando e alinhando para montar casas, castelos, e ir jogando seres vivos para interagir no cenário. Dentre os itens utilizáveis, há o Sonic e o Tails.
Meu primeiro fanchar
Wacky Worlds propiciava em 1994 um protótipo daquilo que um dia se tornaria o universo dos fanchars. Isso porque é possível inserir nos mundos os personagens ToeJam & Earl e o Tails. Já o Sonic, como você é ele, você insere através de um quadro. Inserido os personagens, o jogo permite você escolher uma tinta e ir pintando os personagens inseridos os itens do cenário. Assim, o Sonic do quadro e o Tails também podem ser “pintados” e com isso você poderia fazer um Sonic preto, um Tails verde, azul ou rosa e por assim vai. Devido à faixa etária indicativa de público infantil, o game equivalia a um desses cadernos de pinturas. Esse formato de pintura faz tanto sucesso que hoje você pode até encontrar sites para brincar disso, como o Desenhos para Colorir: Sonic.
Wacky Worlds foi muito mais que um jogo, uma espécie de game-puzzle para trazer a sensação de uso de um computador para os usuários de Mega Drive, sendo um desses games simples e “bobos” que vinha no Windows 95, 98 e XP e que perdíamos horas jogando para passar o tempo.
É um jogo bacana pra quem gosta do gênero (não é meu caso)! Esse jogo assim como outros por exemplo: Sega Superstars e Sega Superstars Tennis eu não considero como jogos pertencentes da franquia Sonic e sim da própria Sega!